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Pecuaristas gaúchos buscam exemplo uruguaio para organização da cadeia

By Notícias

Um grupo de trabalho constituído pelo Instituto Desenvolve Pecuária  busca mirar o Uruguai como um dos exemplos para o Rio Grande do Sul. A pecuária gaúcha e uruguaia tem rebanho bovino muito parecido, assim como o clima e o solo. No país vizinho são 11 milhões e 800 mil cabeças e no Rio Grande do Sul 11 milhões 150 mil, conforme levantamento da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr). No entanto, o número no nascimento de terneiros é um dos fatores que diferenciam a produção entre o Uruguai e o nosso Estado.

O médico veterinário Fernando Costabeber, associado do Instituto Desenvolve Pecuária e que foi palestrante sobre o tema durante o Fórum da Cadeia da Carne Bovina realizado em julho na Farsul, fala sobre as diferenças e semelhanças entre a pecuária uruguaia e a gaúcha. Segundo ele, apesar de o Uruguai ser um pouco menor que o Rio Grande do Sul, o Estado gaúcho tem uma área agrícola muito maior, porém as pecuárias são muito semelhantes em tamanho. “Os números da Secretaria da Agricultura são informados pelos produtores, enquanto que no Uruguai todo o gado é rastreado. O terneiro recebe um chip em um brinco oficial que está no sistema do Instituto Nacional de Carnes (Inac)”, explica, ressaltando que o órgão público privado foi fundado em 1984 com o objetivo de organizar a cadeia da carne. “A criação do Instituto visou oferecer uma competição justa entre as indústrias frigoríficas com o controle da qualidade da carne e, consequentemente, valorizando e aumentando a produção”, destaca.

De acordo com Costabeber, o Uruguai possui 35 frigoríficos que estão conectados com o Inac e têm o mesmo procedimento de abate com balanças oficiais que medem o peso do animal antes e depois de serem abatidos, além da mesma preparação de toalete da carcaça, onde o produtor é remunerado. Já no Rio Grande do Sul, ele salienta que o Estado tem mais de 100 frigoríficos operando. “Dos 35 frigoríficos uruguaios, 19 exportam para a China. No caso do nosso Estado, temos apenas uma empresa, com três plantas credenciadas, que exporta para a China que é hoje o grande mercado de demanda de exportação do mundo”, observa.

Costabeber coloca também que do ponto de vista racial entre os rebanhos uruguaio e gaúcho há pouca diferença. Afirma que no Uruguai são mais trabalhadas as raças Hereford e Angus, pouco sangue zebuíno, e o Rio Grande do Sul tem mais raça sintética. Na questão de nascimentos é que ocorre uma maior diferenciação. Conforme o veterinário, o Estado gaúcho tem em torno de 5 milhões e meio de matrizes com mais de 24 meses, que deveriam estar em reprodução, mas o número de nascimentos é bem maior no Uruguai,  com basicamente o mesmo número de vacas. “No ano passado, o Rio Grande do Sul  teve 2 milhões 420 mil terneiros nascidos e o Uruguai, 2 milhões 880 mil. São 460 mil, ou 20%, a mais. Se arredondarmos o número para 500 mil terneiros que o Uruguai produz a mais, a R$ 2 mil cada, valor de mercado hoje, isso significa R$ 1 bilhão de faturamento da pecuária uruguaia em relação à gaúcha só na produção de terneiros. É um valor imenso que deixa de entrar em toda a economia do Estado”, sinaliza.

O veterinário aborda ainda a questão da produção de carne. O Uruguai produziu em torno de 688 mil toneladas de carne, mais de 50% em cima da produção gaúcha, que, segundo o Nespro, ficou em 411 mil toneladas, com um rebanho muito semelhante. O valor da tonelada exportada pelos uruguaios em 2021 também foi bastante superior, não só em relação ao Rio Grande do Sul como ao Brasil. “O nosso Estado exportou a tonelada a 6 mil 160 dólares contra 6 mil 860 dólares da média brasileira. Já o Uruguai conseguiu um  valor 20% maior do que a média brasileira, de 7 mil 409 dólares. Em relação às receitas de exportações da cadeia da carne, na comparação com o Brasil, que exportou 9 bilhões de dólares, o Uruguai embarcou um terço disso, 3 bilhões, fora os valores de terneiros em pé, que representaram mais de 193 milhões de dólares. “E o nosso Estado exportou 175 milhões de dólares, um valor extremamente baixo, um pouco mais de 2% do total brasileiro. Portanto, o Rio Grande do Sul é praticamente insignificante em termos de exportação de carne bovina”, salienta Costabeber.

Dentro do contexto histórico, segundo ele, a carne bovina é o principal produto das receitas cambiais e do Produto Interno Bruto uruguaio. Porém, no contexto gaúcho, representa muito pouco, embora o Estado tenha sido no início da década de 80 o grande produtor do Brasil, com cerca de meio milhão de toneladas de carne bovina, ou seja, 25% dos 2 milhões de toneladas produzidas pelo país. Hoje os números brasileiros devem estar perto de 10 milhões de toneladas e o Rio Grande do Sul com pouco mais de 400 mil toneladas. “Como são só estimativas, temos menos de 5% da produção nacional. Então, o Brasil da década de 1980 para cá aumentou em cinco vezes a produção de carne bovina e o nosso Estado diminuiu a sua produção”, finaliza Costabeber.

Pecuaristas devem gerenciar os riscos com partos e reduzir dor de terneiros

By Notícias

O Instituto Desenvolve Pecuária realizou mais uma edição do Prosa de Pecuária, evento virtual que trata de temas relacionados ao setor pecuário. O assunto abordado nesta terça-feira, 19 de julho, foi “Revisando partos: O que, como e, principalmente, o porquê fazer”, com  o professor de Medicina Interna de Ruminantes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Marcelo Cecim. A live ocorreu no canal de YouTube da entidade.

Marcelo Cecim iniciou sua apresentação falando sobre os riscos que envolvem os extremos na idade das mães. Segundo ele, vacas velhas ou muito jovens apresentam risco obstétrico. Ele também afirmou que vacas magras e gordas também necessitam de atenção especial. “Os veterinários, hoje, trabalham com gestão de saúde e neste caso, gestão de riscos”, garantiu o professor.

Com relação a idade das vacas, Cecim detalhou que a vaca velha está mais sujeita a cansar durante parto. Já as novilhas, emprenhadas com 15 meses, vão parir com 24 meses. “Nesta idade, elas estão na época da muda dentária, o que significa ter que produzir leite sem pastar”, explicou.  Já no que se refere ao peso, o professor relatou que vacas muito gordas, novas, como as de 24 meses, têm mais chance de depositar gordura na cavidade pélvica, reduzindo o espaço para o terneiro sair. “Não podemos engordar ou emagrecer uma vaca no último mês, antes de parir”, concluiu.

Quanto ao momento do parto, o professor da UFSM lembrou da sabedoria popular que descreve o período de lua nova como o “puxador de parto”. “A vaca pode ter uma gestação de 9 meses e 10 dias, mas a lua nova pode antecipar de 3 a 4 dias o parto, pela minha experiência”, disse Cecim. Ele também afirmou que machos e gêmeos podem nascer antes do previsto. “Mas, a hora de parir quem escolhe é a vaca”, concluiu.

Depois de listar elementos que levarão o produtor a perceber que o momento do nascimento está chegando, o professor destacou a importância de interagir com o animal o menos possível e reduzir o estresse por manejo. “A mãe vai procurar um lugar tranquilo e abrigado para ter o bezerro, principalmente durante o dia e vai ficar ali entre 2 a 3 dias, quando inicia o pastejo, se afastando da cria”, explicou. Segundo Cecim, ter cães por perto ou interagir com a vaca para verificar em que estágio do parto está, pode fazer com que a vaca interrompa o processo, causando estresse na mãe e no filho.

“É importante que o terneiro trema quando nasce, queime gordura marrom e atinja 38 graus de temperatura corporal, do contrário, pode entrar em depressão e não mamar o colostro”, destacou Marcelo Cecim. Um bezerro que passou por estresse durante o parto pode sentir dores musculares ao nascer e com isso, não irá apresentar o tremor e o ciclo que aquecimento não ocorre, resultando em uma temperatura corporal de 34 graus. “´Nestes casos, ou quando se vê que ele defecou no útero, é preciso tratar com anti inflamatório para acabar com a dor e ele tomar o colostro, o melhor antibiótico que há”, explicou.

O vice-presidente do Instituto Desenvolve Pecuária, Paulo Costa Ebbsen, ressaltou a importância do tema abordado durante o Prosa de Pecuária. “O ciclo de parição é uma época de muitas perdas e esta explanação do professor Marcelo vai nos ajudar a ter um melhor resultado”, destacou.

1ª Convenção Desenvolve Pecuária – Preparando o Futuro

By Eventos, Notícias
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Para comemorar o seu primeiro ano de vida, o Instituto Desenvolve Pecuária irá reunir seus associados, no próximo dia 23/04/2022, em um dos maiores Resorts do Rio Grande do Sul, o Recanto Maestro – Torre Prime, em Restinga Seca.

O evento contará com palestras sobre sucessão familiar, eficiência pecuária, relacionamento com frigoríficos, projeções da carne brasileira e mercado internacional. A parte da manhã será repleta de informações e conhecimento, um dos grandes pilares do instituto.

À tarde haverá uma saída de campo para conhecer uma das mais eficientes propriedades de recria e terminação do Rio Grande do Sul, a Fazenda Pulquéria; uma das poucas propriedades que produzem animais com a certificação Angus Gold dentro do estado.

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