O presidente da Comissão de Relacionamento com o Mercado do Instituto Desenvolve Pecuária, José Pedro Crespo, explica que, além da Turquia, Egito e Líbano devem adquirir animais produzidos no Estado. Os primeiros terneiros comercializados pesam entre 180 quilos e 250 quilos. Crespo também ressalta que nos leilões, tem se observado este mesmo comportamento de preços com oferta e demanda equilibradas. “O preço do boi gordo que estabelece a capacidade ou disposição de reposição do invernador, num histórico em que o preço do terneiro varia de 10% a 20% acima do preço do boi gordo aqui no Rio Grande do Sul”, destaca.
No que se refere a recria e terminação, Crespo conta que outro fator que influencia o interesse dos pecuaristas é a qualidade e disponibilidade forrageira das pastagens de inverno, que este ano sofreram pelo atraso da implantação das lavouras de verão em função do excesso de chuvas e preços elevados das sementes de azevem e aveia. “Considerando estes fatores, podemos ter uma perspectiva de liquidez na comercialização da safra de terneiros, onde fatores como o câmbio, que interfere diretamente no negócio das exportações, e o preço do boi, subindo com a aproximação do período de entressafra, podem influenciar positivamente o mercado de terneiros desde que a exportação se mantenha com boa demanda”, avalia o dirigente do Instituto Desenvolve Pecuária.
Para José Pedro Crespo, a rastreabilidade e a criação do Instituto Gaúcho da Carne são fatores de extrema importância para a valorização do produto dos pecuaristas: a carne gaúcha. “É quando teremos melhores condições para agregarmos valor à nossa produção”, finaliza.