O diretor jurídico da Federarroz, Anderson Belloli, foi o primeiro a fazer uso da palavra. Ele destacou que é importante mudar e organizar o setor da carne no Rio Grande do Sul. “O que se busca é mostrar um pouco do que a Federarroz fez, como o arroz se organizou, esta cadeia que era desorganizada e vinha sempre com dificuldade para encontrar a sustentabilidade econômica, para que a carne possa se espelhar”, disse o dirigente.
O secretário-adjunto da Agricultura, Márcio Madalena, disse que não há uma posição definida pelo governo do estado com relação à criação do Instituto Gaúcho da Carne. “Nós somos parceiros para todos os tipos de discussão, mas acreditamos que deve-se amadurecer este debate com todos os elos possíveis do setor. É fundamental isso. O estado não tem a pretensão de impor nada e muito menos de criar algo e impor esta estrutura aos produtores”, afirmou Madalena. Ele complementou que o único interesse é de entender a ideia de grande parte dos produtores com relação à criação do instituto.
O presidente da Comissão de Relacionamento com o Mercado do Instituto Desenvolve Pecuária, Ivan Faria, relatou que o trabalho de construção do Instituto Gaúcho da Carne se intensificou com debates sobre as iniciativas de sucesso do Uruguai e Mato Grosso. Ele destacou a importância de ter um posicionamento diferenciado da carne gaúcha, que diferentemente do grosso da produção nacional, baseada em zebuínos, a gaúcha é mormente em cima das raças britânicas. “Além da necessidade de chegar a mercados onde as carnes britânicas estão bem colocadas e bem remuneradas, que vai trazer um melhor rendimento ao nosso produtor, é importante a formação do instituto, com uma executiva trabalhando em prol da pecuária, a exemplo da nossa anfitriã, a Federarroz”, afirmou. Faria complementou, dizendo que se sentia em casa, visto que quase todo arrozeiro é também pecuarista, ao fazer a defesa da criação do Instituto Gaúcho da Carne.