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Entidades se reúnem com a Brigada Militar para debater crimes rurais

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O Instituto Desenvolve Pecuária e a Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac) estiveram reunidas com o comando geral da Brigada Militar para discutir ações relacionadas aos crimes rurais no Rio Grande do Sul. As entidades foram representadas pelo presidente do Instituto, Luís Felipe Barros, e o diretor executivo da Federação, Fernando Azambuja, que se encontraram com o subcomandante geral da Brigada Militar, Coronel Douglas Soares, e o delegado André de Matos Mendes, atualmente titular da Decrab de Bagé.

Conforme Barros, a ideia da Brigada Militar é criar um bloco de atuação com um grupo temático para a troca de ideias e experiências de forma a ampliar este combate. “É a primeira vez onde vai haver a união estratégica entre a Polícia Civil e a Brigada Militar e as entidades em prol desse combate. Queremos utilizar a tecnologia, os dados estratégicos e as estatísticas para atuar de forma pontual”, destaca o dirigente.

No mês de abril as entidades já iniciaram conversações com outros órgãos como a Polícia Civil e o Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul como forma de fomentar este bloco de atuação para a contenção deste tipo de crime que, segundo os relatos das autoridades e dos próprios produtores, têm aumentado nos últimos tempos no Rio Grande do Sul.

Método de combate ao capim-annoni pode garantir ganho líquido de 139 quilos de peso vivo por hectare

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Em live realizada na noite desta terça-feira, 19 de abril, o Instituto Desenvolve Pecuária e a Embrapa Pecuária Sul apresentaram o Método Integrado de Recuperação de Pastagens (Mirapasto), desenvolvido por pesquisadores da Embrapa Pecuária Sul, para controle do capim-annoni. Os pesquisadores Naylor Bastiani Perez e Fabiane Lamego foram os convidados desta edição especial do “Prosa de Pecuária”, transmitido no canal da Embrapa.

O método baseia-se em quatro pilares de manejo: controle de plantas indesejáveis adultas, correção e manutenção da fertilidade do solo, introdução de espécies forrageiras de inverno e de verão em semeadura direta e controle da oferta de pasto. Trata-se de uma série de práticas agropecuárias que visam melhorar o potencial produtivo e reverter a degradação das pastagens, sem a necessidade de mobilização do solo ou da dessecação total da vegetação.

Os resultados, conforme Perez, podem ser sentidos no desempenho líquido da recria de novilhas. O ganho anual do campo recuperado pelo Mirapasto é de 382 quilos por hectare, com custo médio de recuperação de 243 quilos por hectare, considerando os anos iniciais, que são aqueles de maior desembolso. Isso gera um saldo de 139 quilos por hectare. Já em um campo infestado, se corrigida a fertilidade do solo e feita a introdução de espécies de inverno, os ganhos medidos na experimentação são de 222 quilos por hectare com um custo de 172 quilos por hectare, com saldo de apenas 50 quilos por hectare. O resultado liquido anual nesse último caso, pode ficar abaixo do obtido em uma área infestada sem correção que, no estudo realizado foi de 78 quilos por hectare. “O Mirapasto é muito atrativo não só do ponto de vista da valorização da propriedade e da conservação da diversidade, mas também no resultado econômico. Conseguimos um ganho no período quente e no período frio, enquanto que a perda de peso no capim-annoni dura cerca de quatro meses, resultando em fome, sofrimento animal e perda econômica”, finalizou.

Perez apresentou aspectos relacionados ao protocolo para manejo de corredores. Explicou que existem já parcerias para buscar a regulamentação junto aos órgãos ambientais para que se possa controlar o capim-annoni fora das propriedades, além de programas de melhoramento de espécies nativas com pesquisas que devem ajudar a melhorar a ocupação do solo, competindo com o capim-annoni. “O maior desafio de manejo é retornar a uma vegetação nativa mais próxima do que ela era antes da infestação. Nesse sentido, estamos buscando estratégias para usar sementes de espécies nativas em algumas manchas de solo, onde a vegetação por espécies forrageiras tem sido mais difícil”, destaca.

O pesquisador revelou que o objetivo do Mirapasto é reverter a infestação e recuperar a pastagem nativa degradada. Dos quatro pilares, destacou que nem todos eles precisam ser utilizados em todas as situações. “Existem situações onde vemos infestações mais localizadas e com a possibilidade de aplicação seletiva de herbicida e manejo da desfolha com boa expectativa para recuperação deste campo. Já em outras situações, com elevada densidade de infestação, precisaremos usar o pacote todo para a reversão da degradação”, informou.

Perez indica que o melhor momento de controle das plantas adultas de capim-annoni deve evitar período de secas e após as geadas. Em casos de infestação elevada, o final do período de calor, que ocorre nessa época do ano, é apropriado para fazer a primeira aplicação do método de controle. Isto, conforme o pesquisador, facilita o estabelecimento das forrageiras de inverno e, posteriormente, as de verão. Além disso, a aplicação de herbicida antes do inverno potencializa o controle. Já na primavera, a indicação é avaliar as condições do pasto e da infestação para, se necessário, realizar uma nova aplicação.

Em sua fala, Fabiane falou sobre como as plantas daninhas interferem nas pastagens e como atrapalham a alimentação animal. “Muitas vezes o que está ocorrendo é a degradação das pastagens. O capim-annoni foi trazido como algo que seria uma oportunidade, que sobrevive bem quando ocorre o estresse hídrico. Mas quando a pesquisa investigou, vimos que ele não é o que podemos esperar de um pasto de qualidade”, salientou. Lembrou ainda que o capim-annoni está estabelecido em especial nas áreas de campo nativo. “A prevenção é sempre mais barata e mais fácil de trabalhar”, frisou.

A pesquisadora falou também sobre os passos que o produtor deve observar para amenizar a infestação do capim-annoni. “Um dos pontos é evitar o revolver do solo. A semente é muito pequena, no momento em que essa semente é enterrada pode ter uma longevidade maior e perpetuar por mais tempo. Outro ponto interessante é não dessecar toda a vegetação da pastagem com a pulverização de herbicidas não seletivos. Uma planta produz em média por ano 80 mil sementes”, afirmou.

Fabiane ressaltou que é preciso revisar periodicamente estradas, linhas de drenagem de água da chuva, proximidades de porteiras, embarcadouros, mangueiras e potreiros, erradicando as plantas infestantes com aplicação seletiva de herbicidas. “Com isso evitamos disseminar sementes de animais recém chegados na propriedade. Ligado a isso, não permitir que animais adquiridos de outras propriedades ou oriundos de áreas infestadas circulem livremente na propriedade. Temos estudos que são necessários de oito a dez dias de quarentena”, mostrou a pesquisadora.

A pesquisadora também indicou que se deve ter cuidado para não permitir que os animais rebaixem o pasto abaixo de dez centímetros de altura, assim como controlar as plantas adultas indesejáveis com a aplicação seletiva de herbicidas. “A nossa estratégia para evitar uma pulverização é usarmos a enxada química para situações localizadas ou menores infestações ou o aplicador seletivo que chamamos de campo limpo para áreas maiores”, colocou, acrescentando ainda que é necessário construir e manter a fertilidade do solo em níveis adequados. “Isso favorece sua competitividade com o capim-annoni, que é agressivo, mas com estratégias conjuntas conseguimos diminuir esta expansão”, completou

O diretor de relações institucionais do Instituto Desenvolve Pecuária, João Gaspar de Almeida, agradeceu a Embrapa pela parceria neste segundo evento realizado em conjunto. “Este é um problema que o instituto enxerga como sério para ser debatido e utilizado nas pautas que buscamos trabalhar”, destacou. Mediador do debate, o pesquisador da Embrapa, Daniel Montardo, ressaltou que a questão do capim-annoni é um problema complexo, que requer persistência. “É muito oportuno termos eventos como este para compartilhar os nossos avanços”, observou.

Foto: Divulgação
Texto: Nestor Tipa Júnior/AgroEffective

Preços do terneiro para o outono devem ser menores que a temporada passada

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Apesar de uma oferta um pouco maior de terneiros na temporada de outono, os valores devem diminuir em relação ao mesmo período de 2021. A avaliação é do presidente da Comissão de Relacionamento com o Mercado do Instituto Desenvolve Pecuária, Ivan Faria. Fatores como alta nos custos de produção em toda a cadeia, estão relacionados com este prognóstico conforme a entidade.

Faria observa que, embora o rebanho bovino do Rio Grande do Sul tenha diminuído, não tão drasticamente, mas significativamente, a produtividade da cria tem aumentado. Nos últimos vinte anos aponta que o desfrute saiu de 12% para algo em torno de 20% em relação ao estoque. “Esse ano a gente espera uma oferta cerca de 10% maior do que no ano passado em função do investimento na cria com retenção de matrizes, com adoção de tecnologias como IATF, com investimento maior em aquisição touros, advindos dos bons preços que vieram se projetando na pecuária. Ano passado foi um ano atípico, com um preço fora da curva, chegando à cerca de 45% acima do preço do boi gordo, quando o histórico se aloca entre 10% e 20% acima do boi gordo a média do preço do terneiro. 

Pelo lado da demanda, de acordo com o dirigente, se vê alguns sinais negativos em relação ao ano passado. O primeiro é o próprio preço do boi gordo que não projetou. “O pessoal que comprou terneiro acima de R$ 15,00 pra vender um boi a R$ 11,50 tem uma defasagem de preço que a produção não consegue superar e muito em função dos custos de produção que aumentaram severamente, salientando a questão dos fertilizantes e combustíveis e todo o insumo da pecuária, tais como medicamentos, aramados, mão-de-obra. Então, com a produção mais cara e a matéria-prima mais cara, que é o terneiro para o invernador, a margem diminuiu. Se você considerar a diferença de preço de compra e de venda a margem é muito menor. Deixa o invernador muito mais cauteloso”, destaca. 

Sobre a exportação de terneiros, o diretor do Desenvolve Pecuária frisa que, com esse câmbio que vem já muito abaixo do que estava, quando o único navio de exportação que saiu esse ano para o Egito foi fechado era acima de US$ 5,50 e, hoje, se encontra em um patamar de US$ 4,75. É uma defasagem muito grande e esse valor dificulta o exportador cada vez mais ser competitivo para comprar. “E esse gado exportado foi comprado na seca do verão, portanto com preços e peso deprimidos, o que ocasionou uma oportunidade de preço e ganho de peso por parte do exportador na quarentena e mesmo assim esse exportador teve prejuízo na operação. Com o dólar mais baixo a gente não vê possibilidade, a se manter esse cenário, de haver uma exportação significativa ou mesmo uma possibilidade de exportação de terneiros para outros países”, ressalta. 

Com relação à exportação para outros Estados do Brasil, Faria diz que também se enxerga uma situação diferente do ano passado, onde lá o terneiro estava muito valorizado e houve oportunidades de negócio. “Esse ano o terneiro no Centro-Oeste está no mesmo preço que está aqui no Sul. Isso dificulta a vinda do comprador daquela região porque ele tem que despender um frete mais caro e pagar uma pauta de ICMS ao chegar com esses animais muito acima da oportunidade de negócio que tem lá. Para mercados de nicho que exigem uma carne de mais marmoreio, mais maciez, houve avanços genéticos significativos em cruzamentos com raças britânicas que melhoraram as possibilidades do Centro-Oeste de trabalhar com o capital genético deles. Fora algum mercado de nicho, de restaurantes, de carne especializada que venha a demandar carne pura britânica e então algum confinamento de fornecimento vir se abastecer aqui, não vemos oportunidades muito claras e prováveis de exportação de terneiros para o restante dos Estados do Brasil”, explica. 

Outro fator negativo importante, conforme Faria, é a questão da severa seca que afetou a maioria das regiões do Estado e tirou aquele resultado da lavoura, principalmente da soja, do orçamento deste ano. “Em vez de ter resultado, ter lucro na lavoura, o produtor de soja teve prejuízo. E conforme informação do Nespro, cerca de 40% dos compradores de terneiros nas safras de terneiros de outono são sojicultores. Este pessoal está descapitalizado, há campanhas muito fortes para o plantio de trigo e eles vão querer essa oportunidade, pois existe uma oportunidade para travar o trigo no mercado internacional, existe uma alavancagem, coisa que para pecuária a gente não tem. Não tem ninguém financiando o terneiro a rodo. A gente tem algumas oportunidades, mas nunca para formar um estoque inteiro”, coloca. 

O diretor do Desenvolve Pecuária comenta ainda se espera um outro patamar de preços, “coisa que o mercado está mostrando e tudo que vai ao mercado hoje tem cerca de 20% de preço menor do que no ano passado, o que preocupa porque também o criador teve o seu aumento de custos e ele tem que remunerar o seu processo. Ele investiu, investiu pesado e precisa remunerar esse investimento, e este ano vai estar mais apertado. Mas a gente crê que esses ciclos pecuários são vasos comunicantes, eles vão se acomodando. Não é possível que um elo da cadeia tenha uma remuneração extraordinária e que o outro vá bancar essa conta sem que essa conta seja cobrada no processo futuro. Isso é uma lei da pecuária”, finaliza. 

1ª Convenção Desenvolve Pecuária – Preparando o Futuro

By Eventos, Notícias
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Para comemorar o seu primeiro ano de vida, o Instituto Desenvolve Pecuária irá reunir seus associados, no próximo dia 23/04/2022, em um dos maiores Resorts do Rio Grande do Sul, o Recanto Maestro – Torre Prime, em Restinga Seca.

O evento contará com palestras sobre sucessão familiar, eficiência pecuária, relacionamento com frigoríficos, projeções da carne brasileira e mercado internacional. A parte da manhã será repleta de informações e conhecimento, um dos grandes pilares do instituto.

À tarde haverá uma saída de campo para conhecer uma das mais eficientes propriedades de recria e terminação do Rio Grande do Sul, a Fazenda Pulquéria; uma das poucas propriedades que produzem animais com a certificação Angus Gold dentro do estado.

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