Após fazer um histórico da criação do grupo, Ricardo Pedroso Oaigen saudou a reunião de produtores, por meio do Instituto Desenvolver Pecuária para disseminação do conhecimento e que o GTPA tem colhido os frutos do sucesso com a replicação da metodologia por uma empresa privada, em colaboração com o grupo. “Compartilhamos experiências, não só as vitórias”, destacou. Ele também explicou que o GTPA tem foco na gestão e que além de encontros nas propriedades participantes, realizam missões técnicas, como a recente visita ao Uruguai. “Também oferecemos cursos aos colaboradores das propriedades, sem a presença dos gestores, focados nos capatazes e peões”, contou.
O professor detalhou também, que o GTPA visita mensalmente propriedades, mas que há um intervalo de 24 meses para retornar ao mesmo local. Além disso, anualmente é revisado todo o regimento do grupo em um encontro anual. “O segredo do sucesso do GTPA está na disciplina e por seguirmos regras bem claras para darmos seguimento ao planejamento”, afirmou.
Após explanar sobre o grupo, o professor focou no benchmarking, que segundo ele é um processo contínuo e sistemático em que se pode comparar o desempenho de uma propriedade com outras em condições similares. “Não é comparação para criar vencedores e perdedores, mas para te espelhar nas empresas que se destacam e poder repetir os processos e técnicas que mais dão certo”, explicou.
Oaigen frisou que o grupo atua com benchmarking há sete anos e que em 2021 desmembraram o trabalho em Clusters que representam cada tipo de processo de produção. “Tivemos muita revisão do trabalho, buscamos padronizar os indicadores, evoluímos muito na estatística”, contou o professor. Ele destacou a parceria com a Unipampa e a Furg de Santo Antônio da Patrulha que auxiliam no tratamento dos dados, bem como da empresa META, formada por egressos da Unipampa, que trabalha com gestão Oaigen também explicou que uma comissão formada por membros de dez propriedades distintas deliberam sobre métricas. Tudo é passado para uma planilha focada em reprodução e outra de âmbito geral, preenchidas pelos produtores e equipe capacitados pelo GTPA. “O produtor precisa ter dados e controle. Do contrário, com uma gestão frágil, o tempo de vida junto ao GTPA será pequeno. É preciso evoluir, melhorar a gestão”, alerta. Além da rigidez nas estatísticas, o GTPA também trabalha com 34 indicadores. São seis em produção, 11 indicadores sistêmicos, cinco de recursos humanos e 12 financeiros. Todos são calculados de forma única e padronizados.
O vice-presidente do Instituto Desenvolve Pecuária, Paulo Costa Ebbesen, disse que a aproximação com o GTPA propiciou o desenvolvimento de um curso de gestão online que será oferecido pelo grupo aos associados do Instituto. “Esta live, além de apresentar o trabalho desenvolvido pelo GTPA, sob a coordenação do Prof. Ricardo, em Uruguaiana, teve por objetivo sensibilizar nossos associados a fazerem uma gestão profissional nas nossas empresas”, destacou Ebbesen.