Sílvia iniciou sua fala ressaltando que nesta época de primavera, quando os criadores estão organizando a estação reprodutiva, são inundados com informações sobre touros e matrizes vindas de catálogos de remates e exposições. “Muitas vezes a gente se pega sem saber exatamente para onde ir”, destacou. “É aí que entra o Promebo, com dados levantados pelos avaliadores que estão espalhados pelo país”, disse a superintendente.
Na prática, são tabulados dados subjetivos e objetivos dos animais, colhidos nas propriedades e em dois momentos: na desmama (de 100 a 330 dias) e no sobreano (de 331 a 730 dias). “São fases imprescindíveis para o programa”, explicou Sílvia Freitas. São estas características coletadas a campo que são comparadas às dos genitores.
“Quem está iniciando não precisa fazer uso de todas as informações. É muito complexo”, ressalta a superintendente. Silvia explica que o Promebo possui uma área de acesso para qualquer interessado, onde os animais aparecem com seus dados classificados, onde as barras em verde mostram os números positivos e as barras vermelhas marcam os negativos. “Um touro com DEP negativa em peso ao nascer pode ser bom para a propriedade porque os partos serão facilitados, mas se ele tiver os outros índices positivos, pode ser um exemplar bom para a minha criação”, explicou.
Silvia também deu uma dica valiosa para os criadores. Quem não domina DEP e não quer ter dúvidas, se atente ao Percentil. “Quando o percentil for mais próximo de 1, mais adequado é o animal”, esclareceu a superintendente. Ela também destacou que os compradores não se fixem nos sumários impressos. “As oscilações de desempenho ficam de fora, não podem ser acompanhadas, ou seja, o animal pode subir ou descer no ranking dias antes do remate”, alertou.
A 16ª Edição da Live Prosa de Pecuária teve como anfitrião Paulo Ebbesen, vice-presidente do Instituto Desenvolve Pecuária. Ele ressaltou a importância do trabalho realizado por Silvia Freitas. “Ela foi extremamente didática ao apresentar o Promebo e as informações necessárias para os criadores tomarem decisões para escolha entre touros e matrizes de seus rebanhos”, destacou.
Texto: Ieda Risco/AgroEffective